sexta-feira, 2 de março de 2007

Sugestões de leitura - o conto

O fresco
Chamavam-lhe o Enjeitado, mas não era alcunha. Era mesmo do nome, quere-se dizer, dele. Havia lá na aldeia um velho que era uma espécie de memória colectiva. De modo que sabia tudo de tudo. E quando ele lá apareceu, explicou. O bisavô ou o pai dele, quer era portanto o trisavô, fora mesmo um exposto da misericórdia da vila. E então esse tal trisavô ou o filho dele, como toda a gente lhe chamava assim adoptou o nome para acabar com alcunha.
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O nome dele era Roberto Enjeitado Feliz. Chamavam-lhe Senhor Roberto, que também não era um primor. Do pai ou do avô tinha-lhe vindo uma casa, já fora da aldeia. Mas passavam-se anos que ninguém a vinha habitar.
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Até que um dia veio ele.
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Como era novo na aldeia, as pessoas andavam inquietas, à espera que se desse ao convívio para tudo ser normal e corriqueiro. Mas não…

Este conto faz parte do livro Uma esplanada sobre o mar de Vergílio Ferreira

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